domingo, 15 de junho de 2008

Defina o se puder...

Quando se tem perguntas sem resposrtas encontra-as em uma conversa a dois que se desenrola assim:

"...Sentido, o que é um sentido? o que é sentir?

"...Sentir não é algo material a ponto de ser definido aSSim como o infinito não tem sentido.. "
O toque que toca o fundo da alma , da pele , que explode em milhares de fragmentos que machucam o que nao se pode sequer tocar , que são a definição que não se sente nada se não se tem com quem sentir , mas se é ma verdade não sentir terá sentido unir se a algo ou alguém?

"...nada é mais infinito que um questionamento, existem perguntas e perguntas sem fim, existem respostas insuficientes, será a esfinge um ser infeliz,será o será algo completo? "

"...Não sei o que é completo ou imcompleto , sei do que desenrola se em direção a algum lugar , não creio a esfinge ser infeliz , parada sob a luz do sol e o acalento das eras , como ficaria se o tempo nos separasse , se o completo um dia chegar teremos asSim terminado nossa historia e o fim chegará , não primo pelo completo por ora prefiro escaldar me ao sol aguardando pelo inesperado"

"...e porque aguarda o inesperado se pode caminhar rumo ao mesmo?"

"...Por que eu andaria se ele pode vir ate mim?"

"...Porque quando se espera, to tempo demora mais a passar, o tempo nos envelhece mais rapido, quem caminha vive e aprende mais, ou seria uma utopia pensar que o viajante apenas sonha?"

"...O sonho do viajante é chegar ao seu destino . Hipoteticamente sabe ao que esta fadado,o tempo envelhec e não posso negar , envelhecer é um ponto de vista de multiplas interpretações , meu coração tem anos e anos de sentimentos e não vivi mais do que vinte e um anos , somos o misto do esperar com a vontade de se mover e se nos movemos em direção aquilo que ja esta por chegar e nos perdemos sem encontrar ninguém?"

"...É preciso correr riscos, é preciso arriscar, afinal de contas,em todos os lugares existe um falha, e na falha uma nova oportunidade, um novo acaso, uma nova historia, temer o novo é temer a si mesmo, é desejar um suicidio inconsciente,por medo de um futuro proximo"

"...E se eu disser que tento , que largo tudo por algo que sequer sei se posso ? Terei a completa certeza de que nada sei , nas como dissemos antes sera o sera completo ?, então de qualquer forma saberei que em algum momento terei exito , pois não desejemos morrer martires conscientes nem bravos guerreiros que tiveram a bela morte , mas nenhuma vida , tudo bem tento de uma vez por todas e sentirei ...
poderei sentir o que me ofereces?"

"...Descubra o seu tesouro, encontre um amor, plante a arvore, escreva um livro e morra em paz.Será que toda a vida consiste nestes itens, será que as pequenas coisas não são nada diante disso, e o que terá no livro então? e o que manterá o amor? e o que fará com teu tesouro marujo? o que é ser para você de fato?"

"...Estou descobrindo , confesso , Meu tesouro é feito e sera feito de muitas coisas , nas o sera é incompleto , e isso me anima , pensar que terei desafios a bater e vencer minha insegurança de começar para que tenha então coragem de terminar , mas não quero que termine quero que dure sempre que nunca deteriore meus diamantes de vidro , minha historia de amor embalado em uma papel de bala , meu livro contara a historia de uma formiga , de um besouro , de um milionario na praia m , de uma empregada no trem , de um cafetão na zona , de uma estação na chuva , aprendi contigo a prender os momentos numa caixa e olhar de tempos em tempos , talvez jogar fora alguns , mas sei que de agora em diante meu tempo sera sempre nosso e nosso sera sempre a duvida se dara certo ou não por que escolher é a maior dadiva que deus deu ao homemVem, olha o dia lá fora, vem e não demora, pegue a bicicleta e comece a cantarolar, dance sobre o ar, sinta o dia bonito lá fora, sinta a força da memória, sinta o braço do seu próprio abraço.
Vem que hoje o inverno passou, que nossos olhos já não são cinzas, são castanhos como as folhas do outono póstumo, são verdes como as cores desta nossa primavera inventada, vem que o sol esta subindo a escada, e nos precisamos alcança-lo, então segure a minha mão e prepare-se para correr, tropeçar,mas se medir distancia,prosseguir.
Vem, deixe a quimera, deixe tudo que o impede de seguir.."

"...Venha e não traga nada, não seja nada, seja esta nossa verdade inventada, esta nossa criatividade de festim.Sejamos crianças, sejamos infância, sejamos a intensidade mesmo que representada por uma gangorra, por um balão, ou por estas metáforas confusas que uso.
Pegue o lápis de cor, e vamos colorir os mundos, vamos misturar nossos lápis, nossa arte, nossa palavra, vamos colorir as guerras, as estradas, as estrelas, as batalhas travadas com o nosso eu."

"Seremos Um então nesse conto que contamos enquanto dancamos na chuva de ideias e de olhares ,seremos verdade e sentido , seremos inventores e invenção , teremos todo o tempo do mundo , por que no nosso mundo nao existira tempo
empreste me seus lapis
e com eles vamos desenhar o ceu por onde planaremos ate encontrar o ponto em que recomeçaremos tudo outra vez!"


"Pegue a estrada, leve seu violão e eu a minha voz, e que venha a nós e que vá embora, pois pra ser tudo ou ser nada,demora,e o tempo não espera o semáforo para passar.
Tudo será nosso enquanto houver sentido,enquanto houver a nossa criatividade para criar o que é necessário, o acaso e o momento não podem esperar.
Vem que amanhã é outro dia e precisamos inventa-lo, traga um caderno, uma caneta, a cartolina e o guache, vem, vamos no embalo, embalaremos nosso presentes, e que sejamos embalados pela doce balada do vento, que nos levará ao tempo e que até decidiremos como viver.
Abra a janela, a porta, deixa tudo sair e tudo entrar, deixe o ar circular, circule sempre que preciso.
Sempre haverá sua casa e sua janela, seu jardim com suas flores, sua estrada e seus passos."

"Estive andando pelo jardim e as flores contaram para o vento que você se foi...fiquei tão triste! e então a vi chegando pelo caminha inverso, nosso guache iria secar se não voltasse,nossa janela não teria mais graça aberta do jeito que estava sem vocÊ a brisa que cirCula por aqui gelaria tudo a sua volta e por cem anos eu viveria jejuando enquanto prenderia minha atenção caminhando pelo jardim até encontrar você e embaixo do braço levaria os cadernos ja usados , rabiscado com garatujas que fizemos , com manchas que foram causadas pela insegurança segura que montamos , mas você voltou! ainda asSim temo que precisemos ir , vamos enquanto ha tempo , mas se nosso mundo indifere do tempo teremos o a nosso favor e poderemos tentar de novo e de novo e de novo e de novo..."

"...Enquanto houver vontade, haverá coragem, e enquanto quiser que eu esteja eu estarei.
Não acorde de um sonho que te agrada sonhas, a opção é sua, nossa, e eu estou, estarei aqui.Mesmo que eu venha na direção contraria virei, mesmo que não me veja, estarei aqui, como um sol tímido atrás da nuvem, como a vida em todas as plantas, a celebração de todas as flores.
Eu não creio que seja coerente definir em uma palavra algo titulado porem indefinível, certas coisas existem unicamente para ser, e nada mais."

" O seu é diferente do meu , se aprendeu asSim não espero que mudes , AMAR pode ser diferente para eles , para mim ou para você , Mas celebremos a diferença e sintetizemos então em outra palavra de quatro letras V I D A asSim fica melhor?"

"...o verbo é sempre melhor que o substantivo"

"então viver seria o bastante?"

"Conjuga o da melhor maneira que puderes , conjuga o ! Viveremos é o certo , juntos faremos dela o melhor e ai Sim será o bastante"

"Se será o bastante, então em algum momento bastará? o que é suficiente então? qual é o limite?
Não acredito em fadas,fabulas ou estórias, só acredito quando quero, quando convém, nosso momento é o agora e o amanhã também, nosso momento será sempre eterno, sempre e durante a eternidade existir em nós.
Mas se ja dissemos que o tempo é nosso Cumplice ! Se planaremos no ceu de giz de cera?! O bastante sera o que quisermos ! o Limite sera o que os nossos corações quiserem por que sabemos que nem sempre o passaro voa , que sua viajem em algum momento tera pousada mas que em algum momento levantara novo voo , voaremos então como ja disse o bastante nos sera definido pelo nosso querer enquanto quisermos teremos e nao tera chegado ao fim

E o que se faz quando se inicia o fim?""


"...O tempo então não é mais nosso amigo , tornou se algo que não é mais inteiro é pedaço do que vinha sendo e agora foi, não teremos mais então o brilho nos olhos que outrora buscamos e encontramos seremos então memoria do que um dia foi mas foi feliz.."

"Conforma te..."

"não é ou não será? e de fato será então? teu tesouro era de tardias lembraças marujo?"

"Não padeças se nem sequer tomaste a brisa para adoecer , renda se ao hoje que o amanha chegara de fato sendo o tempo nosso amigo ou não, meu tesouro não era , mas é de fatos que estão acontecendo , de pessoas que estão passando , de vontades que tornarão se memorias amanhã , então não esperemos por amanha façamos hoje!"

"Duvidas da integridade do tempo?crê que a brisa que cura pode então me adoecer? qual ar faria bem então doce marujo? Seu tesouro será pesado se levar tudo consigo, leve suas melhores lembraças, e deixe a tudo que não cabe, deixe aqui o que não quer, e volte sempre que sentir saudade.O momento é seu, de muita gente,pense nisso antes de carregar o peso de todos consigo."

"Não quero peso de ninguem comigo , Penso até em dividir o que tenho e sei que ja tenho com quem partilhar meus tesouros..."


E partilhará? Um viajante solitário é um homen sabio, e não feliz, a sabedoria quando não multiplicada é apenas meia sabedoria, é preciso compartilhar, tome, este sorriso é seu, lembre-se dele quando tudo estiver sem rumo...
o mesmo caminho, quando não se esta só, é um caminho menor...
Tomei o e guardei o no peito junto com a lembrança do dono... "

não se refugie no peito, quando estou em frente aos olhos,olhe pra dentro quando estiver longe,quando estou aqui, olhe pra fora...

Serenissimo


...Serenissimo...
"Hoje eu acordei com sono,queria dormir o dia inteiro,queria ler o meu livro,queria
sair sem dar tchau para ninguém,queria ir parar em qualquer outro lugar,queria ouvir
o seu silencio,e o jeito habil que você se desvencilha das coisas,queria mesmo é poder
ser assim sem nada ,andar com proposito de não saber para onde ir,mas se ja me disseste
que não queres isso,que so andas para o seu destino,qual é o rumo que tomastes?
Por que me tomas por tolo?Se na verdade de tolo não tenho nada?Agora eu não quero
mais nada,só quero sentir essa brisa que me acomete ,sentir seu som nos meus
ouvidos e saber que alguém ,em algum momento pensou em mim e que talvez,quem sabe pen
se agora,Não sou assim o complicado que tu achas,nem o simplorio que queres,não me
tens? Será? Ou será que tens medo de ter? Bem,não forço nada por medo de quebrar e não
abro,não te irrites com a minha conversa fiada,só saibas que não sou inglorio e sou
sincero no meu discurso.Sou mesmo um exagerado...Não me leve a mal.Me leve para qual
quer lugar em que eu possa ver você falar,ouvir sua voz e seu sorriso de lado com
seus grandes olhos abertos,não sou um poeta,mas sou um redator,sou um criador de casos
, casos do acaso que bem contados giram e giram sem parar fazendo até os que são duro
s e frios no minimo , amornem se e aos poucos amolecam "

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Quem ?

QUEM ?
charlyz Lemoux

" ELA SABIA QUE NÃO DEVIA ,
MAS O FEZ.
AS GOTAS DA CHUVA MOLHAVAM SUA FRONTE
ELE BEIJAVA-LHE OS DEDOS,
QUENTE E VISCOSO.

A SENSAÇÃO QUE DAVA ERA DE REJUBILO
NÃO QUERIA FAZER AQUILO DE NOVO
MAS POR O FIM NO QUE NÃO PRESTAVA ERA SEU DESTINO...
SEU VOO ERA CORTAR AS ASAS DOS OUTROS.
O TEMPO ERA SEU MAIOR AMIGO E SEU INIMIGO ERA SUA MENTE.

MENTIA POR QUE TINHA VONTADE,
DIRIGIA BEBADA POR QUE O PERIGO LHE CONVINHA
A VAIDADE ERA SUA COMPANHEIRA
PERDIDA EM LINHA
PASSAVA HORAS EM SUA BANHEIRA

SEU CHEIRO ERA DOCE COMO BAUNILHA
E CARREGAVA A SINA DE ADOÇAR SEU PRAZER EM HORAS ERRADAS
A FILHA , O PAI , A MÃE E AS LOUCURAS DA NOITE
NO FIM DE TUDO É O SEU INICIO
E DO FIM AO SUPLICIO DIVERTE SE AOS MONTES... "

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Projeto De Charlyz é " Extraordinário "


Capitulos em cascata.
Postados na Ordem que as ideias aparecem.
O autor nasceu em São Paulo na zona sul morou por 7 anos na região dos
jardins na Rua joaquim Floriano onde teve todos os ensimanentos sobre li
teratura com seus PAdrinhos General Braga e Marilena Chaves.Na Escola
ja mudado para a zona leste estudou em escola publica e participou tres
vezes consecutivas do premio Nestle de literatura obtendo destaque como
autor mirim de poemas e poesias nas edições em que participou.Concluiu o
Ensino médio cursando sequencialmente magistério e teatro comtemporâneo.
Um Augusto sonhador com pitadas de branco buscou sempre a clareza no traba
lho pedagogico e cenico.
Apos se formar deu aula em Escolas do Estado e particiou de duas cias de
teatro locais.Foi trabalhar no ramo bancario ja aos 19 anos e agora retorna
após a paternidade ao ramo literario escrevendo sobre as mazelas e delicias
da vida moderna.

seu site de relacionamento ficou pre fixado em :

www.historiasdeumacasobemcontado.blogspot.com

e esta no Orkut como Charlyz Lemez

emails para > charlyslemes@uol.com.br

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" A historia que eu conto em 'Conte me Seus Sonhos' trata se de uma
releitura da historia do senhor dos sonhos Morpheus ou o popular,
'Sandman' e seus irmãos perpetuos.Estou criando a historia usando
sonhos e vivencias que eu mesmo ja TIVE e excertos de historias do
HQ sandman.
O sentimento do dia acaba por influenciar muito na construção do
texto . Eu uso uma prosa jornalistica que funciona como cronica por
que o que eu mais gosto de fazer e desenhar nos meus textos fazendo
com que o leitor sinta se no ambiente que eu criei."

Todos os dias atribuo um novo sonho e mais um capitulo a vida do meu
conto que logo deixara de ser conto para virar novela .

percebe se muito bem as excentricidades da vida moderna e as bizarras
experiencias do meu antigo jovem mundo ... "

Claro que ele não foi revisado e contem muitos erros de pontuação.por
que quanto a ortografia escrevo muito bem obrigado rsrsr.

Por favor a todos que eu mandei esse scrap leiam os capitulos dispos
tos no blog , lembrando que devem le los debaixo para cima pois come
ca la embaixo o prologo e o capitulo I mais os outros subindo ate o
topo do site.

comentem e me ajudem a terminar esse excerto "



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Opiniões sobre os capitulos até agora escritos :
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" aDOREI LER AQUELES TEXTOS , SIMPLESMENTE MARAVILHOSO "
Washington Post

" Fantastico "
New York Times

" Adorei por que me fez esquecer da minha vó que morreu "
Folha de S.Paulo

" É como eu digo , um mais um da dois , mas Charlyz muda nossa concepção
do obvio de maneira que nos faz refletir sobre o sentido da vida . . ."
Jose Saramago em entrevista a revista TIME
quando questionado se ja havia lido o Blog "HISTORIAS DE UM ACASO BEM
CONTADO "

Conte me Seus Sonhos Terceira Parte


CAPITULO VI

_ Bem ... Você pode me dar uma coca-cola por favor ?
_Light,Diet ou Normal Mesmo ?
_Light eu gosto mais obrigado.
_E o que mais Senhor?
_So isso obrigado.

Foi se embora caminhando pela estação.Quando saiu para a rua deparou se com a cidade enorme e fervilhante com pessoas se debatendo dentro de carros e ônibus por todo lado.O clima era impregnado de milhares de cheiros e cores , nuances de todas as influencias de cidades vizinhas e distantes , heranças de um povo que veio , ficou e se foi.Quando chegou ao hotel onde ficaria por alguns dias conheceu o dono do lugar,era um senhor baixo sem cabelos na cabeça e dentes na boca com um ar maquiavélico e dando a impressão de sempre olhar suas partes baixas.

_ E por quanto tempo ficara rapaz?_ disse anotando algo com uma caneta de campanha num velho caderno de rabiscos.
_Duas semanas,até as aulas começarem na Faculdade Federal.
_Vai estudar la ? O que ?
_Historia.
_Otimo você não é um vagabundo bêbado, ao que parece,já vou avisando,não gosto de barulho,não chegue depois das meia noite ou ficara de fora,sua chave eu tenho uma copia portanto não esconda cadáveres no quarto,Orgias só nos sábados e se beber por favor não dirija por que se você destruir meu jardim vou cobrar de você.E sim,pague por uma semana adiantado agora.
_Nossa .
_Sim , já ia esquecendo o seu quarto esta no quarto andar ao lado da escada que da acesso a cobertura , não suba la esta avariado e se você morrer não vou pagar seguro nem indenizar ninguém , você tem família ?
_Não.
_Que ótimo.Filhos ?
_Não.
_Perfeito.Tome aqui e pode subir.Bem vindo ao Cisne Plaza.
_Como?
_Como o que?
_O que o senhor disse?
_Bem vindo.
_Perdão , o nome do hotel é Cisne Plaza ?
_Sim._ e desatou a rir .

Subiu vagarosamente as escadas pensando no sonho , na lanchonete e no nome do hotel,era uma grande maluquice aquilo tudo.Muita maluquice.Seu quarto realmente estava no ultimo andar próximo a uma escada com uma corrente amarela impedindo a ascensão ao próximo andar.A luz era filtrada pelos vidros amarelados das janelas e entrava timidamente no quarto , quando abriu a porta o cheiro de lavanda invadiu o ar de tal maneira que deteve se para não espirrar de maneira violenta mas não conseguiu, espirrou tão violentamente que bateu com a língua nos dentes e se feriu o sangue escorreu pelo lado da boca e o sabor acre do sangue deu lhe náuseas,fechou a porta atrás de si e sentou se na cama limpando a boca.Quando jogou se para trás e olhou para cima deitado no lençol á muito esticado viu que sua cama tinha um dossel.Não tinha percebido isso quando entrou no quarto nem o velho havia tido , mas isso era muito retrogrado!Gostou daquilo,a cidade parecia Oriental,Indiana e o hotel era pitoresco.

Iria dormir agora.
Tirou a roupa e foi ao banheiro do quarto.

18 09hs Abriu o registro do chuveiro de cobre.O vapor invadiu o aposento azuleijado.Embaçando tudo,escaldando o cansaço da viajem.Olhou através do vapor e relaxou por um instante.Fechou os olhos para lavar o rosto e passou as mãos no cabelo , sentiu o anel na mão esquerda.O calor da água não aqueceu o metal..Lemoux parou de frente ao espelho e pensou se a prata não embaçava.

Achou que não.
Em tanto anos nunca percebeu aquilo.

Saiu Do Banho.

18 42hs

TV?

Não.Com certeza não teria nada bom para ver aquela hora.A escola iria ajuda lo a passar o tempo e ainda ganharia dinheiro no futuro.Dinheiro.O câncer do mundo.Sem cura.

Adormeceu na cama fofa do hotel.

...

Andava de mãos dadas pela praia com alguém que não conseguia ver o rosto.As mãos estavam juntas,na verdade,realmente juntas,siamesas.O ar da praia estava delicioso.
O sol estava se pondo e a imagem era vermelho-amarelada,muito bonita.
...

Escureceu.E do horizonte surgiram centenas de pontinhos negros voando em toda a direção , eram muitos , muitos deles , e eram cortantes , chegaram a eles numa velocidade incrível e assustada com aquilo a pessoa ao seu lado correu e arrastou Lemoux pela praia que caiu e foi levado; tentava se levantar mas caia por que a força da pessoa que o levava era tamanha . e não via por que já que os pontinhos pretos pararam la atrás na orla da praia.Perto de um rochedo pararam e ele conseguiu se erguer e respirar.

_ O que era aquilo?_ perguntou para a parceira , ainda não podia ver o rosto estava virado para o outro lado._Oi...fala comigo._Então a figura virou se não tinha rosto e sua outra mão era desprovida de unhas, como se elas tivessem sido arrancadas com alicates,seu rosto era inexpressível e os olhos era vidrados no nada totalmente dilatados.
O cabelo era de um liso extraordinário.E o preto era brilhante.
Abriu a boca e emitiu um som com um chiado surdo.E bateu fundo nos tímpanos de Lemoux.
Seu anel ferveu no dedo.O dedo que estava conjuminado a mão da criatura e percebeu que era isso que a incomodava e cada vez que ela gemia de dor o calor aumentava.Sua mão não se incomodava com o calor mais estava machucando a criatura,e ele estava em desespero com aquilo,não queria machuca-la e começou a sacudir a mão que , lógico , não se separava . Deu um puxão com força na mão.
_Eu não posso soltar isso ai não_choramingou para si mesmo.Ouviu ao longe um som de farfalhar de folhas ao vento.Eram os pontos voando na direção deles.Correu dessa vez no mesmo passo da sua bizarra companheira que não vacilava em pular pedras e desviar de caranguejos da baia.
Chegaram em frente a uma gruta ou algo parecido e quando a criatura começou a entrar na gruta Lemoux a refreou.:

_ Pe,pepeperaiiii onde você vai ai dentro ta escuro!
Ela se virou para ele e fixou seu olhar sem expressão no dele.Percebeu que as aves ou sei la o que eram aquele pontos iriam machuca la e a ele também , estava com medo.
_Ah meu deus onde eu fui me meter!!_ e entrou com ela gruta a dentro.
A temperatura da gruta era morna e era difícil respirar havia insetos por todos os lados e o tamanho de alguns deles era fenomenal , num misto de medo , nojo e fascinação Lemoux não percebeu que o Anel não queimava mais e que a figura agora andava sem exarcebação.
_Estamos bem agora?...Moça?...tah tudo bem?_ ela estava agora parada e nem respirar respirava.
Lemoux sentiu sua mão gelar.
_Moça?_gritou.
Ela emitiu de novo o guinchado surdo.

Olhou para frente e deitado sobre uma grande pedra lisa jazia um cisne preto de uns dois metros de diâmetro devia pesar muitos quilos e seus olhos pareciam humanos a criatura estava vidrada na ave. Subitamente um som invadiu o lugar era uma musica baixa,lenta,sonífera.A linda cabeça da ave se ergueu e em um movimento preciso, bicou o peito da criatura arrancando lhe o coração do peito.O sangue jorrou por todos os lados .O cisne continuou bicando, retalhando em dezenas de pedaços a criatura que permaneceu apática.
Lemoux em estado de choque não se mexeu até que o braço da criatura soltou se do tronco e caiu pesadamente sobre o seu próprio e ai então acordado do que ocorreu ele começou a correr ,Saiu da gruta em disparada pela praia escura e as outras aves ainda estavam no céu e percebendo sua presença dispararam a correr também .De dentro da gruta saiu imponente e bela pela fenda o Cisne voando graciosamente para cima e depois para frente ,formaram um comboio de aves negras em direção a Lemoux .Correu por alguns segundos e contornando a praia, em direção as folhagens. Adentrou um arbusto.

Silencio.

Morrendo de medo do que viria a seguir Lemoux fechou os olhos.Quando os abriu Morpheus estava do seu lado.

_Frio aqui não é mesmo?
_ahhhhhhhhh!!!!!!!!!!_o grito foi muito alto.
_Vocês se assustam muito fácil.
_Quem é você?_falou reprimindo o susto da voz.
_Seu salvador.Envelheceu e perdeu a memória?
_Salvador?Por onde nos vamos sair daqui aquele galinha preta por ai e aquele morceguinhos do inferno...
_Pegue._entregou lhe um pote lacrado.
_ O que eu faço com isso?Ohhww?você grandão...cade ele?Meu deus...isso deve ser um pesadelo.
Novos barulhos e o cisne pairou sobre a cabeça dele bicando o na nuca mas não fez lhe corte apenas levou alguns fios de cabelo.
Correu .Novamente rasgando a noite com seus pés cansados.O cisne aproximou se.Ergueu o braço da criatura e então o pote caiu na areia.O cisne avançou abocanhando mais um pedaço do braço deixando a mostra os ossos da munheca da criatura e então Lemoux viu seus dedos amarrados dentro da mão siamesa por tendões grossos feitos de um material semelhante a uma borracha.O cisne voltou acompanhado dos morceguinhos (isso é o que eles deviam ser) que investiram arrancando sangue de varias partes do corpo de Lemoux,abaixou se para se proteger e pegou pote dado por MORPHEUS .Quando o cisne abriu o bico voando rasante em sua direção Lemoux arremessou o pote dentro da garganta da fera.

...

O cisne rodopiou no ar e caiu na areia.

Explodiu de uma vez e ouviu se o estrondo a quilômetros de distancia.

Em toda a praia havia terra vermelha.

...

Capitulo VII

Acordou de uma vez.De volta ao quarto do hotel.Suas roupas estavam molhadas.Tudo escuro.La fora a luz bruxuleante de um poste.Foi ao banheiro,não se calçou.Abriu a torneira e água correu.Sentiu a correr pelos dedos e passou no rosto.
Acendeu a luz.
Estava com a camisa rasgada.
Pingando sangue...

Capitulo VIII

O sol que iluminava a praia aqueceu a água do mar que começou a evaporar lentamente.

_ Vais ficar perdido em pensamentos manipulador?
_ Se vossa irmã largasse do meu pé talvez eu já tivesse debandado mas são uma raça chata...
_ Ela conseguiu pega-lo não demora para leva-lo também.
_ Não , não e o meu destino querido,não é.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Conte me seus sonhos Segunda PT


Capitulo II

... Quando você caiu naquele dia , eu estava de passagem para pegar dois outros na rua de cima quando , eu te vi...


_ Pra onde vamos gata ? _ perguntou o rapaz com a bola de vôlei na mão.
_ Pra longe gatinho , bem longe rs _ respondeu
_ Ei,aquele rapazinho ali em cima _ e apontou para cima _ do alto do segundo andar da casa um menino de cinco anos estava sentado na mureta de uma sacada , balançava as pernas enquanto cantarolava alguma coisa ininteligível parando as vezes para olhar para baixo , sem medo algum , enquanto o fazia do outro lado da rua enquanto passávamos vi meu irmão parado sentado na calçada plácido , não entendi o que ele estava fazendo ali naquela hora e então ocorreu descendo a rua um casal brigando por algum motivo fútil enquanto brigava com sacolas de compras recém-feitas.
O menino parecia pressentir a presença deles e cada passo mais próximo o menino abria mais o sorriso e então quando chegaram ao portão o menino explodiu em gargalhadas e perdeu o equilíbrio caindo de uma altura de cinco metros de altura direto no chão de cabeça , certeiro e então , sangue e lagrimas...

Mesmo dia.
As 15:52hs

(Médico):
_ Bem , não houve dano aparente mãe , não que possamos nos preocupar mas de fato ele precisa repousar e não é prudente manda-lo pra casa agora ok?
_ Mas Dr.Ele não vai acordar ?
_ Vai sim Mãe , na hora certa.
_ Mas eu posso vê-lo?
_ Sim Vamos por aqui , só vou pedir que não se abale com qualquer imagem que a sra possa ter dele por que não tem nenhum problema com ele pode acreditar.
_ Por que que o senhor ta dizendo isso ?
_ Vamos la que a senhora vai vê lo e ficar mais tranqüila...

Entraram pelo corredor acético do hospital , branco como a neve e frio como tal , como que podia um hospital frio daquele jeito ? No quarto B12 no terceiro andar haviam mais duas pessoas , crianças ainda , na cama da esquerda perto da janela estava o menino , seu lençol era branco e tudo a sua volta emanava uma estranha aura roxa , tudo , quando a mãe se aproximou sentiu um lapso de ternura com medo , a face do menino que era rosada nos dias comuns agora estava roxa e parecia que lhe faltava ar por que ele mexia se pouco , arfava o ar para dentro dos pulmões de uma maneira aguerrida parecia brigar para respirar .

_ Ele vai ficar bem só esta dormindo , como eu disse não houve lesão no cérebro e o crânio é incrivelmente resistente!
Cabeça dura _ pensei comigo mesma sabe , o menininho me intrigava tanto , por que se aquilo ia acontecer por que O Destino não estava la ?
E por qual motivo meu irmão Morpheus estava do outro lado da rua e inclusive por que esta la embaixo agora ? na porta do hospital ?
Será que eu me esqueci de algum nome ? Procurei na meu caderninho mas não encontrava o nome do menino , então aproximei me dele e li a placa na cama,

C. Lemoux

Lemoux ? Que nome era aquele ? A familia dele não devia ser daqui ... Mas ,,bem não sei ao certo sabe não dava pra saber sobre ele , não encontrava aquele sobrenome na minha lista , quando parei de procurar pelo sobrenome que pensei ... se ele não estava na lista não tinha nascido então? Me perguntei se ele realmente existia , mas ele era de carne osso sem duvida por que as ataduras em volta da cabeça dele estavam vermelhinhas ! rs !

O corte foi profundo mas não lesionou o osso e o cérebro permaneceu intacto . Mas o choque induziu o coma .

O coma .
O Sono .
I N I N T E R R U P T O . . .


Capitulo III


_ Ta . Não entendi nada ! Que isso explica ?
_ Sua memóriazinha ta deterioradinha né garoto ?
_ Por que ?
_ Você não caiu ? Ficou babando e acenando feito um besta para a sua mãe e caiu bateu a cabeça e ficou lélé ?
_ Quem ficou lélé ?
_ Eu !
_ Ahn?
_Adoro quando você fica assim ! Fica uma gracinha quinem quando acordou ...


Capitulo IV

O Menino acordou oito dias depois . Eram 00:48hs e sua mãe dormia ao seu lado sentada na dura cadeira do hospital . Não foi embora nos últimos dois dias por que seu filho havia piscado , sim abriu os olhos e olhou para a janela depois piscou e dormiu de novo.Quando deu se em consciência não teve forças para se assustar , olhou a sua volta e viu os moveis , a cama , o soro e a sua mãe.
Então percebeu que a luz não estava acesa e estava conseguindo enxergar tudo.

Sentia se entorpecido . Sua pernas estavam dormentes.O sono era intenso e mal conseguia abrir os olhos sem fecha-los de novo . Mas a claridade com que via era muito grande, a nitidez dos objetos era esplendida e sua mãe apresentava uma expressão cansada com o rosto apoiado na mão direita. E no fundo do quarto ao lado da terceira cama da esquerda para a direita o homem.

Foi a primeira vez que viu o Homem.Ele era assutador no primeiro olhar,cabelos desgrenhados de uma maneira desleixada como se estivesse dormindo constantemente e não arrumasse seus cabelos há anos.
O olhar era vítreo e atravessava o seu de uma maneira cortante ao extremo arfava o ar a sua volta em grandes quantidades e permanecia o tempo todo parado sem mexer um músculo observando o olhar do menino.
Quando piscou novamente o homem havia desaparecido! E quando olhou para a janela ele já estava lá! Sua roupa era de um negrume concreto e na algibeira trazia um saquinho de estopa . Na cabeceira da cama , junto ao criado mudo jazia uma coisa que parecia um capacete, estranho com olhos grandes e uma tromba ou algo que o valha sei la, dava calafrios e o homem com os olhinhos negros como a morte...

_ Tem sonhado com o que menininho ? _ sua voz era fria.Sem vida nenhuma.
_ ..._
_ O Gato comeu sua língua ?
_ Na,não.
_ Você é gago ?
_ Não .
_ Parece.
_ Não sou não.!
_ Percebi , rs , muito sagaz . O Que você quer ser quando crescer ?
_ Por que você quer saber ?
_ Curiosidade apenas, acho que você tem um futuro promissor.
_ O que é isso ?
_ Promissor , menino que promete ,
_ Ahn... o que eu vou fazer ?
_ Não sei , eu que perguntei garoto o que quer ser ?
_ Nunca pensei nisso...
_ Sua mãe estava preocupada com você menininho , se jogando de alturas desse jeito...
_ Eu não me joguei de lugar nenhum!
_ Ah não ?Então te empurraram ?
_ Não sei.Não vi nada!
_ Você caiu de um lugar alto , da sacada da sua casa , direto no chão e sua cabeça rachou no meio.
_ Ahnn?!!!!??? Rachou ????!!!!?? _ ai que colocou a mão na tempora e sentiu a atadura e o calor humido do sangue represado , cicatrizando.
_ Doi?
_ Não.Acho que não.
_ Você não tem certeza de nada menino ?
_ Ah não sei .
_ hummmm _ e riu se .Pesadamente.
_ Vou te dar um presente.Abra sua mão.
_ O que? Minha mãe não gosta que eu pegue nada de estranhos.
_ Eu não sou estranho Sou Morpheus.Prazer Lemoux.
_ Que nome Estranho o seu ? _ e riu entredentes.
_ E o seu é lindo não é ? _ Riu mais ainda Morpheus
_ O que você vai me dar ?
_ Pegue._ e jogou nas mãos do menino um anel de prata pequeno com uma ranhura com uma pedrinha encrustada, não parecia bem uma pedra, e sim um grão de tão pequeno._ É seu agora.Guarde o e não precisa usar o tempo todo.
_ Ele é pequeno.Vou perder._ Disse baixinho.
_ Ele te acha se for o caso... _ e quando o menino piscou de novo o homem sumiu.Foi se assim como veio e então a escuridão tornou se escura de fato e não viu mais nada.Gritou.

Luzes.Homens e mulheres de branco.Vivas.E mais lagrimas.

Capitulo V

_ Entendeu? VocÊ já conhecia meu irmão ele lhe deu o anel que eu dei a ele a séculos atrás.
_ Séculos ?
_ Foi isso que eu disse ? Estou velha.
_ Seu anel ?
_ Seu meu amorzinho , se eu dei a ele e ele deu á você é seu oras!
_ Ah meu anel.
_ Onde ele está agora ?
_ Aqui no meu bolso... _ remexeu e tirou o anel com o mesmo brilho de outrora. Porem a pedra que esta alocada na fenda do metal estava opaca demais .
_ Já pensou em que para que isso serve?
_ Nunca fiz idéia . . .
_ Pois é.Tem sonhado muito nesses dias ?
_ Sim...
_ Sempre sonhou muito não foi ?
_ Todos sonham.
_ Sim todos sonham , mas nem todos sonham o que querem nem todos tem seus sonhos na realidade...
_ Eu nunca tive isso.!
_ Será que não ?
_ Não,não sei ...
_Não sabe mesmo meu bem?


Ele sabia sim , quando tinha quatorze anos de idade na virada do ano , realizou o primeiro dos sonhos que havia tendo , estudava na escola do bairro como todos os seus amigos , mas era o patinho feio da sala, apesar de ser um primaz de inteligência tinha problemas de sociabilidade com os amigos , não se enturmava fácil , era pequeno pra idade , começou a ter espinhas e andava sempre cabisbaixo com o tempo , não por ser triste (que tinha motivos sua família era a típica família de classe média) e sim por que vivia cada minuto da vida como se fosse uma hora completa , o tempo para ele passava muito devagar . Seus amigos achavam no estranho mas a sua companhia sempre fora muito aprazível para eles , gostavam de conviver com ele , sentiam se bem.
E ele sentia se bem em ser o centro das atenções.
Todos usavam mochilas e ele não , tinha uma pasta.Gostavam da pasta dele.Era preta,de couro.
Mas o rapaz do nariz quebrado não.
Ele era o antagonismo dele.Era alto grande e nada simpático.Brigava com todos que podia e fazia o que podia para atrapalhar o máximo que podia.

Quando as aulas acabaram naquele ano todos estavam ansiosos pela festa que ocorreria na cidade.Todos.Até Lemoux..

Iria na festa regional por que queria,e como queria! Alias tinha vontade de estar com sua colega de sala , beatriz , Bia para ele.Ela era muito desenvolvida para a idade e ele era de menos, mas combinavam de maneira assimétrica eram tão compatíveis que até mudavam quando junros eram UNO .


Daria certo .Sim Daria Certo.

E quando chegou o dia todos a postos dentro de suas roupas novas para o ano novo,Lemoux estava sozinho com ela,e no momento em que na ponta dos pés o beijo lhe daria...Surgiu o Rapaz que o empurrou e o jogou a distancia de meio metro , e caiu , caiu no chão.Na água .

Seu anel queimou no dedo.

E então chorou.Suas lagrimas que o afagavam o fizeram querer sair , correr , esconder se de tudo e assim saiu ,chegou em casa e dormiu no escuro , em sua cama,que estava fria com o tempo ameno que fazia,estava chovendo naquela tarde.
Caiu no sono em meio as lagrimas.
E dormiu desejando que o mundo rodasse e que o rapaz sumisse.
Desejou com todas as forças.

E a sensação da praia pela primeira vez.

Ano novo,vida nova.Entrou em contato com o mundo exterior apenas dias depois e soube que o rapaz , seu rival ,havia desparecido,sumira na noite do ano novo.
E Bia que antes andava ao seu lado como única verdadeira companheira.não lhe falava mais na verdade , não falava mais com ninguém.
Estava muda.

.
Ninguém descobriu para onde o rapaz havia ido , se tinha ido para algum lugar , se tinha morrido ou se estava vivo . Não havia como saber,sua familia entrara em uma busca frenética por ele de tal maneira que perderam a vontade de viver , a mãe morreu anos depois e Lemoux foi até o seu velório de irritado pelos olhares dirigidos a ele desejou que sumissem.

No dia seguinte , não havia mais necrotério.Nem mesmo a sala do velório.Mas ele não soube.Viajou naquele dia de manhã.Iria estudar fora.
Esqueceu se de levar o casaco e algumas coisinhas pequenas em cima da mesa do quarto;esqueceu se do anel .

Mas não o anel a ele.

Quando deu por falta dele , dentro do trem revirou os bolsos e notou que ele estava em seu dedo médio da mão esquerda.
Mas não se lembrava de quando nem como havia colocado-o ali, mas enfim.A viagem levaria mais de quatro horas pela ferrovia lenta e preguiçosamente, adorava aquilo, o trajeto ferroviário era desestressante para ele,adorava.
Caiu no sono com menos de quarenta minutos de viagem,no sonho que começara era o maquinista e em frente do seu caminho não havia nada só mato , mato para todo lado.
Ele não sabia como dirigir aquilo , mas estava levando suas mãos iam sozinhas para os comandos da maquina e ele estava plácido.
No caminho que não havia nada surgiu uma luz.Bem longe.E no meio da luz algo estava deitado, parecia um corpo, seria um cavalo ? ou talvez um cervo ? ou algum animal silvestre que havia tido o infortúnio de adormecer na via...
Enquanto divagava sobre o que era o trem se aproximava cada vez mais do ser no chão.E a velocidade do trem estava aumentando.Chegando mais perto a imagem ficava mais clara não era um animal que galopa ,era uma ave! Com enormes asas brancas como a neve e a cabeça frondosa jazia embaixo de uma das asas , parecia machucado.
Sentia ternura na cena e então entrou em desespero queria parar o trem mas não sabia como , não podia parar a locomotiva que aumentava a cada metro a velocidade .

Ia muito rápido , muito rápido . e Quando ia colidir com a ave. Chocou se com algo invisível entrando completamente dentro do nada em um vortex no meio do ar , sentiu que tudo girava e que aquilo era imcopreensivel a ave sequer mexeu se.O trem todo virara uma imensa lata de sardinha.
E o silencio e ave olhou o nos olhos.Levantou o enorme bico rachado e falou mentalmente á ele ,por telepatia:

_ Não se esqueça de mim...Nunca.

Acordou de um rompante banhado em suor.O trem parado na estação que ele desceria.
Saiu para a plataforma.
Cansado quis beber algo estava com sede.
Na lanchonete da estação pediu um suco de laranja e no copo que tomou havia um desenho com o logo da loja:

O CISNE BRANCO.

Conte me Seus Sonhos


Prologo

...



Estava sentado na cama com o computador no colo , acima de sua cabeça havia um guarda sol


Preto.


E a sua volta repousavam grandes aves brancas que pareciam adormecidas.

A cena era um marasmo inebriante.

delicioso .


A cena dava vontade de fazer nada , de adormecer sob o guarda sol.

O vento lambia a agua que mal se mexia.

As ondas quebravam preguiçosas nos recifes,longe dos nossos olhos.

E tudo aquilo não fazia o menor sentido.


...


abri os meus olhos de maneira abrupta.As trevas do aposento enchiam todos os espaços,nada
escapava da penumbra,não havia centelha de luz em parte alguma.

eles dilataram se ao maximo e consegui ver, sim eu vi.Tudo perfeitamente bem.Minha cama.
Guarda roupas.Computador.Livros e o televisor.Meu retrato com minha filha.

Sonhara com aquilo?

Odeio Praia.
Mas aquela cena me relaxava.
Sonhei que era feliz.
Naquele momento não havia por que,nem por onde,so que havia relaxamento.Sono...

Queria dormir,mas não conseguia mais.Por que?
Iria beber agua.


Levantei-me sem acender a luz e sai pelo corredor até a cozinha .La fora a lua estava a pino
Iluminando tudo a sua volta.
Banhando os muros um gato branco com o olho rajado passava pela janela indo parar não sei
aonde.
Ate que cheguei na cozinha pisei em alguma coisa fria parecendo uma seda ou algo que o valha
Na pia procurei por um copo e peguei o em cheio , Completei-o com agua fria e sorvi em um
gole só.
Desceu como se não tivesse passado pela boca.
E então senti .
Parecia areia,entrou em meus olhos.E a sensação da praia de novo...

...


Caminhei lado a lado com eles.No principio achei que estava sozinho.
Durante alguns minutos caminhei sem olhar para nada O SOL estava morno aquecendo meus pés
e areia passava gostosamente entre os meus dedos.
Percebi sua sombra so minutos depois,Era alto com os cabelos desgrenhados e o olhar vago e
vitreo.Ela parecia se com minha irmã,baixa e com os cabelos cheios e o olhar brincalhão de
um lado para o outro e trazia no rosto um desenho.

Não quis falar com eles , so quis andar.E andei.Até avistei de novo o homem sentado sobre
a cama.e as aves dormindo aos seus pés.

_ SERÁ QUE EU VOU PRECISAR SEDUZI-LO MEU IRMÃO? - perguntou a mulher
A taciturna figura deu de ombros e permaneceu a andar.Eu estava no meio e um rompante parei.
eles não pararam e continuaram a andar como se nem tivessem sentido a minha falta.
Segui-os pela areia fazendo estardalhaço tamanho como se fosse de aluminio aquelas micro par
ticulas que cobriam os meus pés mas eles permaneciam conversando alheios aquilo.

Quando os alcancei prestei atenção em sua conversa sem nenhum pudor.
Pararam a alguns metros da cena e percebi que havia um terra ou algo parecido formando uma
fina camada por em volta de tudo em uma circunferencia de aproximadamente 20 metros o homem
no meio não mudava de expressão teclava rapida e expressivamente em seu computador , parecia
compenetrado demais.

_ não é preciso minha irmã.Ele ja esta entregue,mas ultimamente tem andado pensando em uma
porção de besteiras,e bebido demais , conheci alguns lugares sujos esses dias.E que pavor
a musica daqueles lugares!VocÊ teria adorado.
_ è mesmo ? o que estava tocando la?
_ Aqueles que vc adora tanto...Bauhaus...
_ Gosto mesmo. - estava agora sentando se na areia abrindo um guarda solzinho preto,e puxou
um caderinho preto de dentro de uma bolsinha de couro , despiu as luvas e comecou a folhear
em busca de alguma coisa que eu não fazia ideia , alias , os escritos não pareciam se com
português.
_ Vai leva-lo hoje?
_ Se você deixar.
_ Não sei se devo.
_ Faça o que quiser de qualquer maneira irei ve lo em algum momento e alias ja conversei com
ele uma vez - acabara de pegar um oculos pequeno e coloca lo na ponta do nariz - nossa , faz
tempo! e ele era tão diferente o cabelo era mais bonito.
_ Não me lembro de ve lo mais bonito ou feio não aprecio a beleza humana da mesma maneira que
você minha irmã.
_ Mas ele tem feito por onde Morpheus e além do mais nem tem pensado em si mesmo.
_ Tem sonhado com um futuro nessas ultima manhãs.
_ E são sobre o que ?
_ Muitas coisas,e inclusive sonhou com uma garota ante ontem.Eu estava vendo os de longe,
Estavam em um parque olhando as estrelas,romaticamente humano,o joguei por cima de si mesmo
quando o fiz lembrar de que aquilo não aconteceria tão cedo.
_ Você é sádico Morph,gosto disso é um dom da familia.
_ è ele ja esta aqui.- apontou para o outro lado do circulo e em pé virado na direção do sol
pairava sobre a areia uma figura de marrom surrado com pesadas correntes sobre o corpo e um
capuz deslocado na cabeça,não se via nada abaixo dele.Nas mãos trazia em pesado livro com mui
to mais de dez mil paginas tinha mais de quarenta centimetros de espessura e largava pó com
o passar da brisa praiana,Alias o vento não mexia um centimetro da vestimenta da figura.So
a poeira que caia do livro mudava a cena.
_ Familia...Quem precisa dela não é mesmo?_ sorriu consigo mesma .
_ vou falar com ele agora.
_ Fale o quanto quiser mas nada sobre mim gosto de conversar com eles antes.rs.
_ Se falar, se falar...

E andou lentamente carregando no braço esquerdo um elmo e no outro um pequeno saco de estopa.
Olhei com atenção toda a cena e senti o formigamento no braço direito novamente,quanto mais
ele se aproximava da pessoa na cama mais o formigamento se intensificava e como estava desagra
davel! Quando ele passou pela terra seu elmo e seu saquinho cairam em pé suavemente na areia
pAROU a uma distancia de um metro da cama e falou baixa e compassadamente.
_ Bom dia manipulador , como vai?
_ Otimo Senhor dos mesmos por que me incomoda?
_ POr que roubou meu dom manipulador?
_ Não roubei nada, você perdeu e isso não é culpa minha.Por que pagaria pela negligencia de
alguém como vc?
_ Deixei cair de proposito , nunca o faria a esmo .
_ Bem não foi o que eu vi Morpheus.Não foi mesmo - e nao parava de teclar nem desviou o olhar
em nenhum momento.
_ Bem minha aljava esta cheia ali fora.
_ TEM MUITA AREIA ALI FORA MESMO.pOR TODA A PARTE , TODA A PARTE.
_ Bem pensei que ja havia tomado a sua decisão sobre isso.Ja estavamos falando sobre isso em
outro dia não se lembra?
_ Temo que minha memória esteja corroida pela sua areia durante muito tempo aspirei a .
Mas não mais não é mesmo - e riu se.
_ VocÊ perde muito tempo sabia Manipulador?Ja perdeu e vai continuar a perder.NÃO VOU DEIXA
LO IR !
_ Nem eu á vocÊ e ficamos quites.!

A figura que era chamada de Morpheus olhou para fora do circulo e olhava diretamente para mim!
QUE Assistia sentado a alguns metros da mulherm seu olhar era cortante demais e penetrou fundo
em minha alma e então a figura do outro lado moveu se , parou de olhar para o sol e rapidamen
te chegou ao lado da outra figura (a da mulher que agora parecia estar fazendo as unhas!) abriu
o pesado livro e apontou para um ponto da pagina e então ela em um salto apareceu na minha
frente !

_ Eu sabia que te pegaria assim sabia ! _ E RIU SE GOSTOSAMENTE em gargalhadas.
eu assustei me de tal maneira que não pude me conter e quase bati com a cabeça , se bem que
se batesse nem doeria a areia era muito macia.Mas fiquei em estado taquicardico com os olhos
arregalados e ela agora estava montada sobre mim com o guarda sol sombreando meu rosto

_ Não vai falar nada não oww garoto?
_ Você pode sair de cima de mim primeiro?
_ Não esta gostando ? Quando eu fico em cima dos homems normalmente eles não pedem para eu
sair ? rs rs
_ Ehhhh,pode sair?
_ Sim se assim que vc quer! _ E saiu tão rapido que nem vi ja estava sentada de novo na mesma
posição do lado esquerdo da outra figura que agora relaxara o braço mas permanecia da mesma
maneira estendido ao lado direito do corpo.
_ Sim?
_ pósso te dizer que a muito te conheço ! lembra de mim ?
_ não.
_ Eu me lembro bem ! foi eu quem te peguei NO COLO daquela vez ,quando vc caiu , lembrou ?
_ nossa...
_ Ahhhh lembrou você era uma gracinha! pena que o tempo muda as pessoas não é mesmo ? rs rs!
_ Se muda...
_ Pois é não vou me apresentar vc ja me conhece e eu a vc.
_ Sim.
_ Por que eu estou aqui,estava com sede e fui tomar agua só isso.
_ Nunca tinha visto o rapaz da cama?
_ Ja.
_ E então ! por isso esta aqui.
_ Por que?
_ Por que deve! não é bonito fazer o que vc faz sabia?
_ O que eu fiz?
_ Ainda esta fazendo inclusive!
_ O que ?
_ Isso.
_ Isso o que?
_ Exatamente!
_ Você esta me confundindo!
_ Exatamente.
_ Pare com isso.
_ Isso o que?
_ De me confundir.
_ Eu te confundo? Você enganou o senhor dos sonhos e eu estou de confundindo? Ai ai viu.
_ Eu ?
_ Isso mesmo Manipulador.
_ Hei perai o grandão chamou o cara da cama disso.
_ è eu sei , por aqui você é conhecido assim sabia ? rs
_ Por que ?
_ ai ai ai perguntas eu devia faze las ! mas vou explicar...